segunda-feira, junho 23, 2008

ZIMBABWE

A história de África está cheia de acontecimentos destes.
Convenhamos que não é inédito o que se está a passar no Zimbabwe. Claro, que em muitas outras latitudes, o cenário é o mesmo e provávelmente pelas mesmas razões.
Candidatos a ditadores e, ditadores consumados há-os por todo o lado. Localmente todos conhecemos os "ditadorzinhos" que nos cercam. Parece um mal inerente ao ser humano.
Mas não é.
É apenas fruto da ignorância do povo e da cobardia desses mesmos ditadores, incapazes de controlar o destino do seu país e o seu próprio destino. Aposto que o ditador Mugabe vai ter um triste fim.
Vale nesta altura, relembrar a diferença.
Homens como Senghor ou Mandela, recordam-nos que a verdadeira força reside no facto de a sabermos partilhar com equidade.


GED

1 comentário:

Angola em Fotos disse...

Penso que ele já se tornou prisioneiro de seu segundo escalão, GED. Não o deixarão capitular, ou como diria Caetano Veloso em seu "Podres Poderes":

"Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
Na incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será, será que será que será que será
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir por mais zil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe , num êxtase
Ser indecente mais tudo é muito mau
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades , caatingas e nos gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
E os tons e os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas e nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo e mais fundo tins e bens e tais
Será que nunca faremos senão confirmar
Na incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será, será que será que será que será,
Será que essa minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir por mais zil anos?
Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas e nos gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
E os tons e os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvarão dessas trevas e nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais"