quarta-feira, março 25, 2009

PAPA?

A igreja, tem sido recorrentemente desde tempos imemoriais, um travão ao desenvolvimento das sociedades. Basta lembrar a Idade Média, a Inquisição, as Navegações.
Basta lembrar, quantos pedidos de desculpa tiveram que fazer nos últimos tempos.
Nem Leonardo escapou.
No século XXI, seria de esperar que tivessem aprendido a respeitar, pelo menos os ideais do seu Criador. São 2100 anos caramba!!
Nada disso.
Esta visita a Angola, mostrou a verdadeira face desta igreja, retrograda e incapaz.
Em dois dias fez mais pela SIDA, do que a própria SIDA tem feito.
Deviam ser feitas as contas a quanta gente vai morrer, se acreditar no que lhes foi dito.
E, quando daqui a algum tempo, vierem pedir desculpa por esse erro, claramente lhes devia ser dito, que fossem para o diabo que os carregue.

GED

6 comentários:

Maria de Lurdes disse...

Nunca as mãos lhe doam,dr.Henrique sempre que quiser teclar a zurzir na postura dos dignitários da Igreja Católica (IC), face a alguns dos grandes problemas da Humanidade. A IC deveria revestir a sua intervenção de particular cuidado, devido ao ascendente que detém sobre milhões de pessoas que a têm como guia e mentora do percurso das suas vidas.
Desde posturas contranatura, como a imposição do celibato e da castidade aos sacerdotes (que são homens como os outros), passando pelos horrendos crimes em nome de Deus perpetrados no passado,ou pela evangelização forçada de autóctones, os representantes de Deus na Terra têm primado pela manutenção e engrandecimento dos seus bens materiais e estatuto de entidade acima do comum dos mortais, em detrimento do que deveria ser a sua missão, isto é, cuidar de bens espirituais, e orientando o seu "rebanho" para uma vida plena de dignidade, de felicidade e com valores de cidadania. Pelo contrário, a apologia do sofrimento e da pobreza (em completo contraste com a magnificência dos tesouros da IC e da vida de fausto dos seus altos dignitários - e eu sei do que falo!); a defesa de interesses mesquinhos, dando apoio tácito a regimes ditatoriais e ostentando um ruidoso silêncio pactuando complacentemente com os regimes nazi alemão e fascistas de Itália, Espanha e Portugal; tomadas de posição absurdas e incongruentes, como a côngrua (pode-se comer carne na Quaresma desde que se pague!); a excomunhão da menina brasileira e dos médicos que lhe provocaram o aborto, não deixando uma palavra de condenação ao violador; a ignorância crassa (a Idade Média foi a "longa noite dos tempos", com a investigação científica implacavelmente perseguida); a recente teoria do criacionismo (que alastra inexoravelmente nos EUA) são apenas alguns exemplos dos malefícios que a IC tem espalhado com mãos largas e que têm forçado o afastamento do cidadão comum. E depois admiram-se com a falta de vocações e diminuição do número de crentes, enquanto proliferam seitas que cativam com uma liturgia bem mais alegre (o que impede os seus seguidores de verem nos seus dirigentes pessoas venais e manipuladoras).
É claro que há sacerdotes íntegros, empenhados, motivados por princípios ecuménicos e que desenvolvem uma meritória acção social. Alguns têm mesmo a coragem de afrontar preceitos da IC, como o bispo de Viseu, que acaba de advogar o uso do preservativo, embora restritivamente. Não deveríamos esperar até que venham pedir perdão para os mandar para o diabo que os carregue.
Um abraço.
Lurdes Marques

GED disse...

Estamos do mesmo lado da barricada.
Sem qualquer margem para dúvidas, estarei sempre contra a longa noite da ignorância.
Basta ler uma vez, o Galileu de Brecht, para nos darmos conta da slvajaria intelectual (para não lhe chamar outra coisa), desses vendilhões.

Um abraço

fmartaneves disse...

Henrique,
A Lurdes chegou, emitindo as suas opiniões, concordando e discordando, com muita pinta…e em grande estilo(acho que até está de acordo connosco, principalmente e em boa parte, com o Manel e quase sempre contigo…).
Será que no fundo, bem lá no fundo, estamos todos de acordo?
Pela parte que me toca, o facto de ter gostado um pouquinho dos meus pobres poemas – (algo que faço há muito pouco tempo, comecei no ano passado…foram saindo…- tenho que concordar com a Lurdes – nem sempre idade é sinónimo de maturidade e ainda menos de experiência…) que surgiram nem sei muito bem como, nem onde os fui buscar…mas saíram, como em determinados momentos, depois de “provocado” me saem certas melodias ou complementos, meus, de algumas que ouço (e atenção que eu não sou músico, embora gostasse e muito) … – deixou-me num certo estado de graça.
Quero acreditar que alguém isento, sem quaisquer obrigações…e sem estar hipotecado à amizade, tenha realmente gostado de algo que fiz sem outra pretensão que não fosse a de transmitir a outros, poucos, que me dizem muito, algo que consegui exteriorizar num determinado momento, sem pruridos…mas também sem experiência, a não ser a adquirida por força da idade.
Agora, se o comentário da nossa amiga Maria de Lurdes está demolidoramente certo ou não…isso é que vamos ver…mas, por via das dúvidas …já fui preparando o papel de embrulho.
Agora o Sampas…o homem, nem vai gozar a merecida reforma em paz…” (mas, que é que eu hei-de fazer…sempre é uma senhora…com o Henrique é bem mais fácil…esquiva-se bem… e já sei de que lado é que tenho de “bater”…sempre são uns anitos de treino…)”
Pela parte que me toca fico na expectativa, quase tanto quanto o Henrique que (penso eu de que…) não pára de esfregar as mãos!
Ó Homem de Deus, modera lá esse contentamento!
Já agora e a propósito, aproveito também para lamentar a postura da Igreja, ou melhor dos seus ou do seu mais alto representante que deveria ser também o mais responsável.
Será que nesta situação teremos também que equacionar a idade e a experiência, a falta desta última ou excesso da primeira?
A que falta ao Ondjaki, sobeja, e muito, ao Papa, em desfavor deste último…(atenção que estou a falar de idade…)
Este, assim como muitos representantes e responsáveis, parece ter apostado em “correr” com uma boa ou grande parte dos fiéis que com estes e outros constantes disparates, se sentem de verdade, empurrados para fora e para bem longe da Igreja.
Afinal, este é um local onde quem vai é para se sentir bem, à procura de uns momentos de retiro e introspecção, de paz, para se sentir mais próximo de Deus, ou em contacto com Algo em que acredita, ou consigo mesmo, e não para se incomodar com as alarvidades e parvoíces ditas por aqueles que têm a responsabilidade de chamar, cativar e acarinhar os fieis… Mas, como o exemplo vem de cima…
Para não ter de os mandar para o Diabo que os carregue, ou a outro sítio bem pior…eu, como muitos outros, afasto-me.

Henrique e Maria de Lurdes, “neste caso” e até ver, de acordo.

Um Abraço
Fernando Marta

GED disse...

Meu amigo Fernando.
Não é importante estarmos de acordo.
O importante é podermos estar em desacordo pacíficamnte e, isso só com grandes amigos.
Por outro lado, não escondo que gosto de irritar o Sampas por uma razão única.
Apenas porque ele e os outros que considero amigos, são inteligentes o suficiente para manter, tal como eu, as coisas em lume brando.
Que gozo que isso dá!
Numa coisa tens razão.
Espero ansioso a resposta do Manel.
Elegante como sempre, mais a mais tratando-se de uma senhora.
Quanto a ti, claro que estou desta vez completamente de acordo contigo.
Uma vez sem exemplo!!!
Grande abraço
Henrique

GED disse...

Eu sei que vindo de uma senhora, as coisas têm mais peso, mas já tinha dito que os teus poemas eram muito bonitos.
Até ao meu regresso
Henrique

Maria de Lurdes disse...

A minha resposta a F. Marta encontra-se em "Regresso".