quarta-feira, fevereiro 24, 2010

MADEIRA

Muito se tem falado nos últimos dias do que infelizmente aconteceu na Madeira e, nem sempre de forma correcta, a meu ver.
Tem sido políticamente correcto demonstrar toda a nossa "solidariedade" ao povo madeirense. Até o nosso PR já disse por mais de uma vez nos noticiários, que os portugueses estão solidários.
Poderá eventualmente estar a falar por ele, não por mim.
Claro que estou verdadeiramente solidário, com o que lhes aconteceu, em termos de dor e de vidas perdidas. Apenas isso.
Quanto ao resto não tenho que estar solidário, pois isso implicaria um acto de boa vontade apenas, tal como fizemos há bem pouco tempo em relação ao povo haitiano.
Tenho sim que estar empenhado em que todos nós e o nosso governo tratemos rápidamente de restabelecer a normalidade de parte integrante do território, seja ele a Madeira ou o Alentejo, ou a Beira ou Lisboa. Aqui não tem que haver solidariedades. Isso estará bom para os franceses, ingleses e americanos e..., que só nos ajudam porque estão solidários.
O senhor Alberto já nos habituou ao longo dos anos a todas as diatribes.
Jogar com o número de mortes, que não são 42 e sim 39, porque já foram contabilizadas não sei onde e se aparecerem mais alguns, logo se arranjará qualquer outra justificação pacóvia, é que não lembra a ninguém.
Além do mais, pedir para se ser contido na divulgação, porque isso põe em risco o turismo, faz-me chegar a uma triste conclusão: ou o senhor Alberto não marchou em direcção ao século XXI, ou na Madeira ainda não há NET.
GED

1 comentário:

Jose Lobo Pires disse...

Olá meu caro,

Já começava a estranhar a tua ausencia.
Excelente voltares a pegar na "pena", e logo sobre um tema que infelizmente nos toca a todos pela negativa. No entanto,podemos daqui tirar um conjunto de ilacções e alertas, sobre as enormes contradições e hipocrisias que vamos vivendo neste país a cada dia que passa.Até parece que vemos imagens de um outro país em relação ao qual apenas temos alguma responsabilidade moral.Interrogo-me como vamos poder ultrapassar esta sistemática violação de um dos mais elementares direitos de um cidadão, o de reconhecer o seu país como um todo.

Um abraço para ti