quinta-feira, janeiro 20, 2011

Imaginação

A imaginação é a memória que  enlouqueceu. Mário Quintana

3 comentários:

fmartaneves disse...

Estou em desacordo! A imaginação depende e muito da memória, como de uma base de dados na qual se suporta e onde vai buscar o apoio necessário para sonhar projectar e idealizar. Assim, para se imaginar, a memória tem que estar em boa forma, fresca e viva! Não louca!
Abraços
FMN

Bípede Falante disse...

Bom dia, Fernando Marta. Como está a vida acima da linha do equador? Ninguém fala sobre as eleições, e eu, com a minha bipedice, acho tão estranho esse silêncio; eu, com a minha bipedice, achava que haveria barulho, haveria batuques e colares de contas, mas era só a minha imaginação e sem memória, que o meus pés quase nunca andaram por aí para saber, mas andaram pelas calçadas do Quintana e entendem cada letrinha daquele poeta feito de ternura e quando ele dizia, diz, que as palavras não morrem, que a imaginação é a memória que enlouqueceu é porque a imaginação é o motor do mosaico. As pedras são necessárias, as cores são necessárias, mas sem o movimento ele perde o sentido. A memória que não é sacudida e reinventada segue sendo apenas memória. A que sofre os bons ventos, transforma-se em outras ideias, outras percepções e faz do seu guardião uma criatura deliciosamente mais interessante. Se o senhor olhar bem bem bem dentro das palavras, vai ver que ele não ignorou a presença da memória, não a excluiu e, sim, a libertou. beijos do sul :)
ps. FMN, e por falar em sul, puxa você da sua memória e me diz se lá na sua preciosa terra as três marias apareciam no céu com tanto brilho como aparecem aqui??

fmartaneves disse...

A imaginação é a memória que enlouqueceu. Mário Quintana

Que loucura de imaginação!

Só pode ser... se ele o diz e ela confirma, outra coisa não pode ser, com certeza!

Deste lado, um pouco mais a Norte dessa linha que divide este nosso lindo planeta, neste lado do oceano que nos une e separa (como diria o nosso amigo Henrique), vive-se como se pode, ou então, para ser mais exacto, como nos deixam… tal é a interferência nas nossas vidas, por outros, que só sabem, e bem, governar as deles… ou melhor governar-se.
Deixemo-nos de politiquices, que isso é para aqueles, os tais que disso tiram algum, ou muito proveito.
Para satisfazer essa tua salutar e bípede curiosidade em relação às eleições, tenho a dizer-te que foram um pouco uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma… ficou tudo na mesma. Talvez algo melhor pois os comediantes digo, candidatos... concorrentes... beligerantes... adversários políticos,o que lhes queiram chamar, retiraram um pouco das máscaras com que se apresentavam ao eleitorado, principalmente o de novo e novamente nosso presidente, de todos os portugueses, S. Exa. o Sr. Aníbal, não de todos... só daqueles que não falaram, nem pensaram mal dele, Deus nos ajude!
Mas, como ele parece estar mais perto D’Ele que muitos de nós, ajudá-lo-á em primeiro lugar, certamente.
Quanto ao barulho, é ensurdecedor mas contido! Sente-se mas não se ouve.
Esperemos que assim continue...
Para fazer a festa ainda se pensou nos pauliteiros de Miranda, mas coitados, estão sem fôlego para tocar as gaitas, restam-lhes os paus, só que, ainda não têm bombos! Para já!
Os colares de contas, os bons estão espalhados pelo mundo, por cá já são poucos os de qualidade, só há os fabricados na China mas nem toda a gente gosta.
O facto de não te lembrares de ter pisado este jardim à beira mar plantado, não tem a ver com a loucura da memória, talvez com uma mais que provável insolação apanhada depois de percorreres esse longo caminho que te leva de casa a essa maravilhosa praia e vice-versa.
E, mais uma vez, parece que estou em desacordo com Mário Quintana. Nem penses, muito menos contigo, fiquemos bem esclarecidos.
Quase fui desancado, apedrejado, chamado de distraído (ou ignorante), bruto, analfabeto, daltónico, quando me limitei a emitir a minha humilde opinião (discordando naturalmente do poeta, ou melhor, da sua frase), em relação à loucura da memória, porque momentaneamente tentei sair deste meu sorumbático silencio...
Em todo esse entusiasmo até fui chamado de senhor, mas esse está lá em cima pasmado, consumido, pensando e pensando como há-de resolver o problema dos doutros, daqueles, dos tais...
No final para se retratar, fala-me nas estrelas, que eu já via por todo o lado... qual nebulosa!
Minha senhora, fique sabendo que ultimamente tenho andado algo cabisbaixo e não tenho prestado muita atenção ao céu cujo conteúdo visível é uma das minhas paixões.
Fique a senhora também a saber que embora tenha apanhado muitas cacimbadas, isso não afectou a minha memória nem a deixou louca a pontos de não me lembrar que as estrelas mais lindas e visíveis, mais próximas, as constelações mais nítidas, o luar mais luminoso de sempre, que quase fazia da noite dia, vi nas terras do sul do lado de cá e, essas imagens ainda estão gravadas no meu imaginário.
Cá, mais a norte também vejo a Orion, mas já não com a mesma nitidez de antigamente, principalmente as três Marias e uma das estrelas do trapézio que surgem algo esbatidas.
E sabe a que se deve isto? À loucura dos homens que poluem sem dó nem piedade e à iluminação, principalmente das grandes cidades que conseguem atenuar a intensidade com que as estrelas pretendem chegar até nós…

Beijos celestes e até breve.
FMN