quinta-feira, junho 13, 2013

EVOLUÇÃO

Mover objetos com a mente já não é ficção


A utilização da mente para deslocar objectos está cada vez mais próxima de sair dos filmes de ficção científica e tornar-se uma realidade.
Uma equipa de cientistas da University of Minnesota, EUA, conseguiu movimentar um modelo de helicóptero, fazendo-o subir, descer, virar e fazê-lo passar por um aro, através do pensamento. A proeza que foi reportada na revista "Journal of Neural Engineering”, foi conseguida através de interface cérebro-computador (ICC), uma tecnologia que permite a comunicação directa entre o indivíduo e o computador. O desenvolvimento desta técnica, que tem sofrido grandes avanços nos últimos 10 anos, permite ao utilizador comunicar com o mundo exterior e manipular objetos através da modulação do pensamento.
A tecnologia, que se encontra a ser desenvolvida por Bin He, do College of Science and Engineering da University of Minnesota, e equipa, poderá um dia vir a prestar suporte a pessoas com doenças neuro-degenerativas que tenham perdido a capacidade motora e da fala, que poderão ver recuperadas algumas funcionalidades através do controlo de dispositivos electrónicos e mecânicos. Para além disso, esta tecnologia é não invasiva, ao contrário de outras, já que não requer qualquer implante no cérebro. As ondas cerebrais (electroencefalografia, EEG) são captadas por eléctrodos inseridos num capacete EEG, de 64 eléctrodos, que é colocado no couro cabeludo. Os eléctrodos enviam os sinais de actividade eléctrica (ou ausência da mesma) para um computador, que por sua vez processa esses dados e os converte numa ordem electrónica. O controlo do modelo de helicóptero (ou robot) através do pensamento foi possível através do estabelecimento de uma interface entre o computador e os controlos WiFi no helicóptero. Após processar os sinais EEG do cérebro, o computador envia uma ordem para o helicóptero por WiFi.
Um dos investigadores neste estudo, Karl LeFleur é de opinião que “o potencial da ICC é muito abrangente. Em seguida queremos aplicar a tecnologia do robot voador para ajudar pacientes com deficiência a interagirem com o mundo. Isto poderá mesmo ajudar pacientes com problemas como AVC ou doença de Alzheimer.  Estamos agora a estudar pacientes que sofreram AVC para ver se conseguimos restabelecer circuitos cerebrais e reparar áreas danificadas”.

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