segunda-feira, julho 18, 2011

MADIBA

Madiba, hoje fazes noventa e três anos e eu venho aqui dar-te os parabéns por mais este aniversário.
Jamais saberás que o fiz, eu e milhões de pessoas comuns como eu espalhadas por este planeta. Mas sabes que todos os cidadãos comuns de boa vontade, te enviam os parabéns. A ti só te chegam as honrarias dos chefes de estado espalhados por aí.
Mas é o homem comum que gosta de ti.
Na altura em que foste libertado, todos vaticinavam uma guerra fratricida, nesse país amordaçado pelo tenebroso apartheid. Como resposta, transformaste esse país no país do arco-iris, trazendo esperança a todos os sul africanos e ao resto do mundo.
A tua vida todos conhecemos e admiramos. Sempre te respeitaremos pela grandiosidade da tua vida, na defesa de valores inalienáveis dos seres humanos, independentemente da sua raça, credo ou cor.
Jamais saberás que o fiz, mas Madiba, parabéns e fica muito tempo connosco.

quarta-feira, julho 06, 2011

ONÇA PINTADA... QUEM TE PINTOU?

Nuvens desajeitadas inundam o meu deserto.
Chovem, por entre os meus dedos, palavras e o sangue das memórias do tempo.
Pedras e pássaros caem nas minhas dunas, enquanto me finjo distraído.
De olhos fechados descosturo estrelas e no meu sonho, nuvens do teu afecto atravessam todos os tempos chorados em silêncio.
De que matéria são feitos os ninhos sem aves?
De ternura, talvez, e de uma vastidão ao nosso alcance.

GED

terça-feira, julho 05, 2011

FERNANDO NOBRE (EPÍLOGO)

E pronto. O círculo fechou-se. Entrada e saída meteórica pela esquerda baixa. Quem quiser que comente. Eu, nunca mais.

Agora, este texto onça pintada não fica sem resposta, que eu estou com muita vontade de dar o troco. Aguardem.
Abraços
GED

domingo, julho 03, 2011

Onça Pintada

Pele da minha nuvem, descasca a dor perdida em sua bússola de sonhos e acolhe o sangue das memórias do tempo, tempo chorado em silêncio, atravessado pelo rasgo das pedras e dos pássaros, dobrado em secas de ternura e de águas, descosturado de estrelas, expulso do céu, tempo sem infância e germinado dentro dos olhos fechados dos ninhos sem aves e sem os voos de alguns homens.

sexta-feira, julho 01, 2011

Vozes Anoitecidas

" O que mais dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se do desejo de serem outros. Existe no nada essa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as vozes. " (Mia Couto)