segunda-feira, outubro 29, 2007

CONVIDADO DA SEMANA - MANUEL - QUEM MELHOR?...

O meu amigo Manuel, safa-se bem das "enrascadas". Amigo do meu amigo, meu amigo é, blá, blá, blá...
É o meu convidado e fico-lhe muito agradecido por isso. Políticamente correcto quanto baste!

“Quem melhor que o Manuel e Phwo para começar?”…

És um amigo, Henrique! Da onça… claro! Deixaste-me um menino nas mãos… melhor, (melhor não, pior!) deixaste-me uma folha em branco, com a obrigação de a preencher com palavras, pontos e vírgulas, unidos por um fio condutor, como convém, para se tornarem perceptíveis! E como se não bastasse, essas palavras, pontos e vírgulas têm a incumbência de inaugurar um novo espaço no teu blogue. Ora, isso, é bem mais difícil do que cuidar de um menino. Este “cala-se” e contenta-se com duas ou três locuções verbais carinhosas (claro), ainda que sem nexo, enquanto que é bem mais difícil de lidar com uma folha em branco, embora, é certo, esta não se queixe. Mas exige mais imaginação (quê dela?), mais talento (quê dele?), mais treino (eu, ultimamente, só tenho praticado ténis ao fim de semana. Mais nada…) e, no meu caso, como sabes, mais tempo, muito mais tempo. Por todas estas razões que deve dar o mote ao teu novo espaço é a nossa amiga Phwo (amigo do meu amigo meu amigo é) que não tenho o gosto de conhecer pessoalmente mas de quem, depois de uma breve vista de olhos pelo seu blogue, aprecio a escrita e de quem, parece-me, tenho também alguns pontos de vista diferentes – o que é saudável.

Um abraço.



segunda-feira, outubro 22, 2007

TRATADO DA EUROPA

Foi finalmente aprovado pelos Estados Membros o Tratado de Constituição Europeia, o que é diferente de ser aprovado pelos povos que constituem os ditos Estados.
E aqui é que as coisas se começam a complicar, já que os dois referendos feitos correram mal.
Demonstra-se inequivocamente que os povos têm dificuldade na maior parte das vezes, em rever-se nos governantes que têm, ou visto do lado oposto, os governantes não se revêm no povo que os elegeu.
Em Portugal atingiu-se o ponto crítico. Ouvi há dias um comentário estarrecedor, feito por alguém muito dentro da esfera do poder. Dizia esse senhor que era contra o referendo, pois este era muito técnico e muito pouca gente tinha capacidade para o analisar e, portanto estava bem entregue à decisão dos doutos senhores que nos governam. Esta opinião é estarrecedora por dois motivos.
Em primeiro lugar porque continua a vigorar na cabeça desta gente a ideia do povo burro e ficam muito admirados quando o mesmo povo burro os põe a mexer. É verdade que a leitura de um Tratado desta envergadura é muito complexa e que nem toda a gente está preparada para isso. Acredito no entanto que mesmo assim o povo consegue decidir pelo melhor.
Em segundo lugar, tal opinião define com clareza a situação actual, que por acaso não tem nada a ver com este governo. Tem a ver com as forças políticas em geral. Em vez de caminharem ao lado das massas, eventualmente liderando-as, estão completamente dissociados das mesmas.
Esta posição paga-se caro.Qualquer pessoa do povo o sabe. Aparentemente os doutos senhores é que não.
GED

domingo, outubro 21, 2007

OS RIOS DA MINHA VIDA

OS RIOS DA MINHA VIDA



Se repararem o rio é o mesmo. As fotos têm 40 anos de diferença.

COMUNICAÇÕES

Soube há dias, completamente por acaso, que vem gente que mal conheço ao meu blog e que por uma questão de delicadeza não deixam comentários. Temem que eu leve a mal!!!
Na verdade, logo no cabeçalho digo que venham e tragam mais cinco.
Fica mais vivo e mais rico de certeza com a vossa participação.
Fico a aguardar.

GED

segunda-feira, outubro 15, 2007

SEM COMENTÁRIOS

Durante um debate numa universidade dos Estados Unidos o actual Ministro da
Educação CRISTOVAM BUARQUE foi questionado sobre o que pensava da
internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência
nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).

Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um
Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta de Cristovam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a
internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o
devido cuidado com esse património, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a
Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo o
mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada,
internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O
petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no
direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não seu
preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos,
ela não pode ser queimada pela vontade de um dono ou de um país.
Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões
arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas
financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos
os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio
humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património
natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país.
Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um
quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido
internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando
o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em
comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que
Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo
menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris,
Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com
sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo
inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares
dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas
armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as
lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido
a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da
dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha
possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o
país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as
crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não
deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando
deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia
seja nossa.
Só nossa! "

quinta-feira, outubro 11, 2007

CHE

Para alguns foi terrorista e assassino.
Para outros, muitos, foi santo.
Para a minha geração representou a solidariedade para com todos os oprimidos.
Cometeu erros como todos nós. Não reuniu consensos, mas não passou indiferente. Faz tempo que tentaram matá-lo. Não conseguiram.
Para mim, guardo-o na memória, com todo o carinho.
Será sempre El Comandante.
GED

segunda-feira, outubro 08, 2007

quinta-feira, outubro 04, 2007

PORTUGAL NO SEU MELHOR.

Inicio hoje esta nova rubrica.
Na zona de Sintra a população ganhou no Supremo Tribunal Administrativo uma queixa contra a REN ( rede eléctrica nacional), tendo a esta entidade sido ordenado que suspendesse de imediato as obras para a passagem de uma rede de muito alta tensão.
Qualquer cidadão minimamente informado, sabe que os campos electromagnéticos são prejudiciais à saúde, tendo-se estabelecido uma relação de causa efeito entre os mesmos e diversas doenças conhecidas.
Onde é que tudo isto falha?
Em todo o lado claro.
Primeiro porque sabendo-se disto, jamais uma empresa de um país civilizado colocaria redes em locais com evidentes prejuízos para a população. Segundo porque num país civilizado, uma ordem de um Tribunal é para acatar. O que a REN diz, é que enquanto puder vai recorrer e continua a montar postes.
Terceiro, porque num país civilizado, se as ordens do Tribunal não forem imediatamente cumpridas tem de haver mecanismos, que mesmo que envolvam a força, obriguem os delinquentes a cumprir.
Quarto, porque num país civilizado, o governo em vez de se calar, deveria imediatamente fazer cumprir a ordem, já que se trata de uma empresa pública.
Sem mais comentários, sou eu outra vez a divagar devagar.

A Federação Portuguesa de Futebol, enbandeirou em arco, porque conseguiu reduzir a pena do Snr. Scolari e, ainda pensa que poderá recorrer de novo, com a alegação de que afinal o treinador da Selecção Nacional não tocou no outro atleta e portanto não houve agressão.
O que é que isto faz de nós?
Um país da treta claro.
Os milhões de telespectadores por esse mundo fora, só podem rir-se com o que sai daqui.

Para quem como eu desespera, aconselho vivamente este vídeo do Youtube. Aquece-nos a alma, dá-nos uma réstea de esperança e faz-nos pensar que nem tudo estará perdido. Não comento, para que a surpresa seja maior. Mas que é bom, é!

GED

terça-feira, outubro 02, 2007

FUTEBOL

Volto ao futebol. Pelo seu lado pior, claro.
Já o escrevi, mas volto a dizê-lo. A única maneira de tomar posição é deixar de ir aos jogos.
O espectáculo vive das "estrelas". Se jogarem bem são os melhores do mundo. Se jogarem mal, a culpa é dos treinadores e, nem pensar em ferir as susceptibilidades das prima-donas. Estão psicológicamente mal, atravessam um mau momento e o que é necessário é criar-lhes um clima de tranquilidade. No fim do jogo vêm à televisão dizer que deram tudo, que para a próxima farão melhor e o povo acredita.
Sei que isto mexe com paixões, eu também adoro futebol.
Agora vejamos o outro lado da barricada.
Que margem existe para o erro ou desempenho menos bom, de um polícia, ou arquitecto, ou engenheiro, ou médico ou juíz, ou pedreiro ou... que ganham substancialmente menos?
Nós sabemos o que acontece nestes casos!
Longe de mim estar a defender uma atitude corporativa, e também não defendo óbviamente nenhuma margem de erro para estes profissionais, mas o futebol só será um espectáculo fantástico quando as pessoas perceberem as semelhanças entre os dois tipos de jogos.
Dir-se-á que é mais uma opinião "naif" da minha parte, mas não penso isso.
A desculpa e a irresponsabilização colectivas, nunca nos conduziram nem conduzirão no futuro a nada de bom.
Leiam Nietschze. Está lá tudo explicado.

GED