terça-feira, fevereiro 23, 2021

NACIONALIDADES

Aparentemente quem nasce num determinado país tem essa nacionalidade. Pelo menos é o que dizem todas as constituições.

Mas, nas voltas da vida e nos dias actuais, o planeta tornou-se mais pequeno e toda a gente vive em todos os lugares. A nacionalidade no seu sentido mais profundo deixou de ser uma marca geográfica, tornando-se em muitos casos uma questão de amor. Muita gente opta por determinada nacionalidade, por conveniência, porque casou, porque teve filhos,  por  um  número  quase   infinito de razões, mas deveria haver nacionalidades por amor.  O meu país, a minha casa, é onde eu me sinto bem, feliz, realizado. É onde a minha alma sente que está no sítio correcto, onde se identifica com o que a rodeia, tem  uma ligação telúrica profunda à terra. O meu país é aquele que vincou a minha maneira de ser, que me obrigou a ser o que sou hoje, e que sem margem para dúvidas me fez regressar definitivamente.