sexta-feira, dezembro 30, 2011

CDC

A CDC ANGOLA
Pioneira da dança contemporânea em Angola onde é a única com estatuto profissional, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola fundada em 1991 pela coreógrafa angolana Ana Clara Guerra Marques, marca a ruptura estética e formal da dança neste país africano, ao propor a abertura para novos conceitos de espectáculo num terreno conservador quase exclusivamente marcado pelas danças patrimoniais e recreativas urbanas.
A utilização de espaços cénicos não convencionais, bem como a iniciação do público angolano ao Teatro-Dança, entre outras sugestões para a diversificação e renovação das linguagens da dança em Angola, não tem sido tarefa fácil, apesar das suas novas propostas estéticas despertarem cada vez mais a curiosidade e o interesse do público.
Há também a destacar o trabalho realizado em colaboração com importantes nomes da literatura (Manuel Rui, Carlos Ferreira, Pepetela, F. Ningi), das artes plásticas (António Ole, Jorge Gumbe, Mário Tendinha, Masongi Afonso) e do audiovisual angolano (Geração 80, Rui Tavares), bem como o trabalho experimental resultante da investigação e da reflexão sobre a estatuária e as danças tradicionais e populares de algumas regiões de Angola.
A crítica social é uma das opções desta companhia que tem partilhado o seu trabalho com os países africanos, europeus e asiáticos que já visitou.
Depois de uma longa interrupção, a CDC reaparece, em 2008, com um novo elenco de bailarinos por si formados e a trabalhar em regime de exclusividade.
A Dança Inclusiva, pela integração de elementos portadores de deficiências físicas, foi o mais recente desafio da Companhia de Dança Contemporânea de Angola que se vem impondo pelo investimento intelectual, pela originalidade das suas criações e pela qualidade técnica e artística com que vai conquistando o reconhecimento da sociedade.

(Enviado por Pwo)

segunda-feira, dezembro 26, 2011

NATAL

Estamos em plena crise, mais para uns que para outros.
O desemprego é assustador, o novo ano que se avizinha não parece trazer bons augúrios para ninguém. Haverá certamente festejos na passagem de ano, com muita luz e cor.
Continuaremos a ter estes governantes ridículos, completamente subjugados a forças que não dominam, mas às quais querem pertencer.
Mas, a esperança resiste. Nesta época tão dura, o povo português contribuiu com mais 30% de ofertas para o Banco Alimentar em relação ao ano passado.
Desejo para 2012: que este país tão pobre, não continue a incentivar a saída daquilo que tem de melhor, os seus quadros jovens. Se isso continuar a acontecer, demoraremos uma eternidade a regressar a qualquer normalidade.

sexta-feira, dezembro 23, 2011

EUSÉBIO

Eusébio, é uma das pessoas que eu admiro. Um dos melhores jogadores de futebol de sempre.
Foi internado com uma pneumonia.
Ninguém tem dúvidas, que sempre terá tratamento diferenciado e que todo o Portugal torce por ele.
Está melhor, felizmente.
Segundo o boletim médico, em declaração pública do director do hospital, ele até já pediu o prato que quer comer amanhã: bacalhau.
Pressuroso o dito director, apressou-se a dizer que o hospital está a fazer esforços no sentido de lhe satisfazer os desejos.
Mas era preciso dizer isso públicamente com aquele ar servil?
Que refeição de Natal estará reservada, para os restantes doentes?
Como se sentirão eles, ao ouvir tais dislates?

The Corrs: So this is Christmas, War is over (Wembley Arena, London, 12....

quinta-feira, dezembro 22, 2011

NATAL

A todos os que por aqui passam, amigos, menos amigos, visitantes apenas, desconhecidos, a todos um feliz Natal.
Fiquem com um dos mais belos poemas da lingua espanhola, uma das línguas mais bonitas do mundo.

Todo pasa y todo queda pero lo nuestro es pasar
pasar haciendo camino, camino sobre la mar
nunca perseguí la gloria y dejar en la memoria
de los hombres mi canción.
Yo amo los mundos sutiles ingrávidos y gentiles
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse, de sol y gran arbolar
bajo el cielo Azul temblar, súbitamente y quebrarse
nunca perseguí la gloria.
Caminante son tus huellas del camino y nada más
caminante no hay camino, se hace camino al andar
al andar se hace el camino y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar
caminante no hay camino sino estelas en la mar.
Hace algún tiempo en ese lugar
donde los bosques se visten de espinos
se oyó una voz de un poeta gritar
caminante no hay camino se hace camino al andar
golpe a golpe, verso a verso.
Murió el poeta lejos del hogar
le cubre el polvo de un país vecino
al alejarse le vieron llorar
caminante no hay camino se hace camino al andar
golpe a golpe, verso a verso.
Cuando el jilguero no puede cantar
cuando el poeta es un peregrino
cuando de nada nos sirve rezar.
Caminante no hay camino, se hace camino al andar
golpe a golpe,
verso a verso

CESÁRIA

Agora que Cesária morreu, corre por aí em alguns blogs que os portugueses não a trataram como devia e que era melhor acolhida noutros países. Provávelmente dizem essas coisas por desconhecimento. Cesária era bastante apreciada em Portugal, talvez não tivesse o estatuto de diva da "world music", mas era bem tratada.


Ninguém como o povo português conhece Cabo Verde. E para nós Cesária não era uma diva, era apenas mais uma extraordinária cantora das ilhas de fogo. Pena que o resto do mundo não conheça Lura, ou Cimentera, ou Ildo Lobo, ou os Tubarões, ou Dany Silva, ou Tito paris, ou, ou, para apenas citar alguns de repente.


Perceberiam de imediato o que eu quero dizer.


Cesária era bem tratada pelos portugueses.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

CÓRDOVA

Este fim de semana estive em Córdova, visitando velhos amigos e trabalhando com eles, por pura diversão, no Hospital Reina Sofia. Foi óptimo. Fez-me bem. Fez-me recordar os tempos que aí passei treinando coisas novas. Ainda assim, aproveitei e treinei outras técnicas que quero iniciar em Janeiro. Ano novo, vida nova, como se diz por aqui.
E Córdova é um sítio onde sempre regresso, sabendo que vou ficar feliz. É uma cidade encantadora de gente simpática e que nos acolhe com imensa naturalidade. E ainda por cima, joguei golf. Algo me dizia que não devia tirar o meu saco do carro.
Agora estou de volta, muito mais leve e sereno. Até lá voltar.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

CAMINHO

Camiñante, no hay camiño adelante.
El camiño se hace camiñando.

NAUFRÁGIO

Num naufrágio, há quase sempre sobreviventes. Sobram sempre pedaços flutuantes, que podem significar a diferença.
E se houver coragem e força para nos agarrarmos a eles, pode ser que se consiga sobreviver.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

RIOS

A primeira vez que vi o meu rio, encantei-me.
Na segunda vez naveguei nele, admirando toda a sua extensão.
Na terceira vez, apaixonei-me irremediávelmente.
Hoje circula-me nas veias, num turbilhão incessante.

domingo, dezembro 04, 2011

BLOGS!

A blogosfera é um espaço de cultura, lazer, divertimento, impensável há alguns anos atrás. Através dela, pode-se conseguir quase tudo, inclusivamente bons amigos, e aumentar exponencialmente o saber.
Há os blogs individuais que reflectem a opinião, o saber e mesmo a personalidade de quem o utiliza como ferramenta. Têm a vantagem de que só lê quem quer. Pode até acontecer que ninguém o leia, mas creio que isso importa muito pouco aos donos deles.
Depois há os blogs colectivos.
Quando alguém assume criar um blog e torná-lo colectivo, ainda que seja administrador, o blog deixa em termos prácticos de lhe pertencer e a sua única função é torná-lo equilibrado e evitar alguns mal entendidos que sempre surgem.
Há uns anos atrás tive o privilégio de escrever num blog colectivo, que envolvia gente dos cinco continentes. Foi uma época tão importante, que esse blog foi objecto de um "case study" e fez parte de uma tese de doutoramento.
Foi um período fabuloso, mas a má administração acabou com esse blog, num curto espaço de tempo. Nessa altura recebi telefonemas de gente insatisfeita como eu, dos EUA, do Brasil e até da Austrália. Foi impossível salvar o blog, porque os administradores recusaram-se a ver o que se passava.
Mas salvou-se alguma coisa. Ainda hoje fiquei com amigos com os quais contacto regularmente, nos quatro cantos deste mundo.
Neste momento, num outro blog muito importante, estou eu e estará muita gente a passar por uma situação idêntica, mas tenho fé que os administradores que são gente sensata, se apercebam do mal estar e corrijam rápidamente o que está mal.

GED

sexta-feira, dezembro 02, 2011

DEZEMBRO DE NOVO!

Mês mágico. Pelo menos de onde eu venho era.
Mês de inventar palavras novas, usar a magia.
"Amorar" por exemplo. Não sei se já foi inventada, mas eu inventei-a também.
"Dançarinhando", coisa que eu faço muitas vezes.
"Futugir", coisa que eu nunca farei.
Experimentem inventar. Faz-nos sentir bem.
Fiquem abensonhados ( esta não é minha).

DEZEMBRO

Aí está ele, esse mês de tantas e desencontradas emoções. O mês do Natal.
Pessoalmente, acredito no Pai Natal, sempre acreditei.
De onde eu venho, acreditamos em dragões, em elfos, em duendes, em feiticeiros e... no Pai Natal.
Independentemente de amarguras, ou de frustrações, ou de desastres ciclópicos, eu acredito no Pai Natal.
E, de verdade, tenho pena daqueles que não acreditam. Não sabem o que perdem.
A vida sem magia, é apenas um "copy"/ "paste", de uma enorme, incomensurável tristeza.