terça-feira, junho 30, 2009

POR ESTE RIO ACIMA

Eles aí estão.
Começam a aparecer, com frases como "espírito de missão", vou devolver a "personaliddade à cidade", "está na hora da mudança",  blá, blá, blá.
Falo dos candidatos a autarcas. Olhando um pouco mais ao pormenor, constatamos que são os mesmos. Ou são recandidatos, ou estiveram em bons lugares aguardando o regresso, mas são sempre os mesmos. Aqueles que já mostraram à exaustão, que não sabem fazer nada na vida, senão ser maus autarcas.
Não partilho da ideia de que se não os posso matar, tenho que me juntar a eles. Verdadeiramente essa ideia só em si é abjecta.
Estou numa encruzilhada em que pela primeira vez me vejo a apelar à abstenção, na melhor das hipóteses.
Moro em Coimbra, cidade imobilizada desde que me lembro. Aqui não se passa nada.
Continuo aguardando teimosamente, que surja um independente, que não concorra por nenhum partido e que me apresente um programa pobre mas escorreito.
Aguardo que alguém me diga, algumas destas coisas:
- Coimbra, não tem uma sala de espectáculos digna desse nome. Temos que nos deslocar à F. da Foz para ver qualquer coisa. Bora lá, construir uma, sem atropelos de orçamento, sem roubos, limpa, honesta.
- Coimbra, não tem indústria. Coimbra tem uma Universidade caduca, fechada sobre si mesma, imobilista. Bora lá, fazer um esforço para atraír indústria e ligá-la à Universidade, numa parceria salutar para todos.
- Coimbra é um monte de betão desgovernado, ao sabor de interesses mais que subterrâneos. Bora lá, criar um grupo de conselheiros impolutos, independentes, sem partido, que sirvam de motor, para casas realmente verdes, para formas de energia alternativa, para criação de áreas de lazer, para conforto de todos os cidadãos.
- finalmente, bora lá dar un chuto, nestes mentecaptos todos que teimam em nos azucrinar a paciência nestas alturas.

Quando houver um candidato assim eu voto...e colaboro.
Abraços

GED

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