sexta-feira, março 11, 2022

ANGÚSTIA

A frase mais comum hoje em dia, a propósito de tudo e de nada é: como é que isto é possível no século XXI?

A humanidade no seu todo, começou a "pensar" que este século era a panaceia para todos os males. Já tinhamos atingido um grau de civilização tal, que tudo havia de correr bem. Na verdade, esta ilusão vem do facto de ter surgido uma nova "ferramenta" que dá pelo nome de redes sociais. A partir desse momento, toda a gente tem opinião, sabemos tudo sobre a vida de cada um, o que comeu ao pequeno almoço, partilhamos todos os segredos da boa cozinha e das dietas milagrosas, tudo misturado com um bocadinho de religião, que fica sempre bem. É impossível não saber o aniversário de alguém, as intimidades das pessoas (nem sempre recomendáveis), criou-se uma nova raça de cientistas, os "influencers", e pasme-se toda a gente tem opiniões sobre tudo e todos.

Mas, tudo muda de figura, quando começamos a falar do que realmente importa, da cultura e da elevação como ser humano. Se perguntar quem foi Leonardo, ou Saramago, ou simplesmente António Nobre, corro o sério risco de ser apelidado de fascista e neonazi. Apenas porque é fácil mostrar que nas redes sociais, ao lado de alguma gente boa, pululam multidões infindáveis de imbecis.

A única idade de ouro da história da humanidade chama-se Renascença. Tentem falar com essa gente, dessa época. Tentem saber o que é que eles pensam dessa época. Nada. Mas perguntem-lhes pelas Kardashians e afins e terão conversa para várias horas.

Fico estarrecido, porque essas multidões votam para a formação de governos de países. Basta ver como os políticos de todos os partidos baixam o nível para atingir essas massas. O mundo actualmente tem governantes à medida desse povinho.

Experimentem colocar o mapa mundo e pedir aos ditos cujos que apontem os países que vocês forem dizendo. A maior parte da massa a que me refiro, não sabia onde ficava a Ucrania, em Janeiro de 2022. Apesar de falarem das republicas separatistas, do horror da guerra, dos seus motivos, uma boa percentagem continua a não ser capaz de apontar no mapa o sítio exacto da Ucrania. 

Se não acreditam no que eu digo, vejam este vídeo, e prometo que vale a pena assistir. E tremer de angústia. Homo sapiens, sempre! 




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