quarta-feira, abril 26, 2023

EM QUE FICAMOS?

Nos dois últimos posts, publiquei "carbono zero" e "Fim do fóssil: ocupa".

Dois documentos radicais, de sentidos opostos.
Pessoalmente, é sempre com grande alegria e esperança, que vejo os jovens movimentando-se em torno de causas, ainda que com atitudes excessivas. Crescer, tomar conta das rédeas do destino é sempre bom e terá sempre o meu aplauso

Apesar disso, e exclusivamente neste tema, não posso estar mais em desacordo com a posição tomada pelos movimentos estudantis. Básicamente, porque não sou de ir atrás do disse que disse, das agencias governamentais ou de associações que defendem o verde impoluto.
Na verdade, ainda ninguém se deu ao trabalho de me explicar se é possível transitar do fóssil para as energias limpas, se as energias limpas são todas iguais, se para produzir energias limpas a poluição para tal não é maior, se sequer é possível fazer a transição,quanto é que isso custa em termos monetários e em qualidade de vida.

Para formar uma opinião, não preciso dos grupos ambientais, nem do Greenpeace, nem dos Verdes deste mundo, nem das Gretas que por aí andam.
Daquilo que me tem sido possível recolher, através de opiniões científicas de ambos os lados, este assunto está longe de ser decidido, e as multinacionais já estão na linha da frente para ganhar mundos e fundos.

Mas perguntas tão simples como: para fabricar baterias eléctricas, polui-se mais ou menos do que para as baterias actuais?
Se vamos para Carbono zero, o que vamos fazer aos biliões de baterias, que entretanto chegam ao seu fim de vida? Quanto se gastou e poluiu para lá chegar?
Até ao momento, ninguém se dignou responder, mas a informação disponível e séria diz que não se ganha absolutamente nada em termos de poluição.

E estas são as perguntas simples. Quando se começa a abordar as diferentes formas de energias limpas, começamos a perceber que afinal não são todas iguais, nem todas têm rendimentos a ter em conta, e que se calhar a velha energia nuclear é aquela que nos traz menos problemas.

Finalmente, a função das escolas é educar. Todas as escolas, ocupadas pelo movimento "fim do fóssil: ocupa", ao invés de apanharem a boleia dos jovens e ficarem bem na fotografia, deviam lançar debates sérios com gente séria, para que os seus estudantes pudessem começar a formar a sua própria opinião, e pudessem de facto manifestar-se com conhecimento e fundamentação.

Deste modo, o que as escolas andam a fazer é formatar a nova gente, à vontade expressa das economias e multinacionais, que aquilo que não querem é populações informadas.

Só como exemplo deixo-vos aqui este post já aqui publicado

"As pilhas não criam eletricidade - armazenam eletricidade produzida noutro lugar, especialmente através de carvão, urânio, centrais de energia natural ou geradores a diesel. "Então a alegação de que um carro elétrico é um veículo de zero emissões não é de todo verdade.

Uma vez que quarenta por cento da eletricidade produzida nos Estados Unidos vem de centrais de carvão, portanto 40 por cento dos carros elétricos na estrada são baseados em carbono.

Mas não é tudo. Aqueles que estão entusiasmados com carros elétricos e uma revolução verde devem olhar mais de perto as baterias, mas também as turbinas eólicas e painéis solares.

Uma bateria típica de carro elétrico pesa mil libras, aproximadamente do tamanho de uma mala. Contém 25 libras de lítio, sessenta libras de níquel, 44 libras de manganês, 30 libras de cobalto, 200 libras de cobre e 400 libras de alumínio, aço e plástico. Existem mais de 6.000 células individuais de íon de lítio no interior.

Para fazer cada bateria BEV, você precisa processar 25.000 libras de sal para lítio, 30.000 libras de minério para cobalto, 5.000 libras de resina para níquel e 25.000 libras de minério de cobre. No total, você tem que desenterrar 500.000 libras de terra por uma bateria. "

O maior problema com os sistemas solares são os produtos químicos usados para transformar o silicato no cascalho utilizado para os painéis. Para produzir silício limpo suficiente, deve ser tratado com ácido clorídrico, ácido sulfúrico, fluoreto, triclorotano e acetona.

Além disso, são necessários gálio, arsenieto, disselenido de cobre-índio-gálio e telureto de cádmio, que também são altamente tóxicos. O pó de silicone representa um perigo para os trabalhadores e os azulejos não podem ser reciclados.

Turbinas eólicas não são plusultra em termos de custo e destruição ambiental. Cada moinho de vento pesa 1.688 toneladas (o equivalente ao peso de 23 casas) e contém 1300 toneladas de concreto, 295 toneladas de aço, 48 toneladas de ferro, 24 toneladas de fibra de vidro e os solos raros difíceis de ganhar Neodm, Praseodm e Disprosium. Cada uma das três lâminas pesa 81.000 libras e tem uma vida útil de 15 a 20 anos, após o qual devem ser substituídas. Não podemos reciclar lâminas de rotores usadas.

É verdade que estas tecnologias podem ter o seu lugar, mas é preciso olhar para além do mito da liberdade de emissão.

"Going Green" pode parecer um ideal utópico, mas se olharmos para os custos ocultos e incorporados de uma forma realista e imparcial, descobrirá que "Going Green" causa mais danos ao ambiente da terra do que parece. Todos.

Não sou contra mineração, veículos elétricos, energia eólica ou solar. Mas eu mostro a realidade da situação.

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