quarta-feira, novembro 03, 2021

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Ainda tenho reservas sobre tudo o que diga repeito a aquecimento global, destinos catastróficos, extinção das espécies, etc.

De um lado temos ambientalistas, ONG´s e afins, cientistas, proclamando o fim do mundo, na maior parte das vezes dogmáticos, atirando com o aumento de 2 graus centigrados para tudo quanto é lado.

Do outro lado da barricada há também muito boa gente, afirmando que tudo isto se trata de mais um ciclo de aquecimento / arrefecimento do planeta. Na verdade o aquecimento global é uma hipotese fornecida por modelos teóricos baseando-se em relações primárias que anunciam um aumento de temperatura, nem sempre confirmado. São numerosas as contradiçoes entre as previsões e os factos climáticos observados directamente. A ignorância destas distorções flagrantes constitui uma impostura cientifica. Nos anos 70 verificou-se um desvio climático que os modelos não previram. Traduziu-se sobretudo pela violência e irregularidade do tempo e foi provocado pela modificação do modo de circulação geral da atmosfera. O problema fundamental não é prever o clima em 2100. Deve-se antes determinar as causas deste desiquilibrio recente. O que predomina no debate actual e o falseia é que as alterações climáticas são um tema da climatologia, tratadas como se fossem do ambiente. Em anexo ao da poluição, que tem sido um excelente alibi moral. ( Marcel Leroux )

E é este o ponto da situação actual, agravado pelas constantes lutas e trocas de mimos entre os dois exércitos. Mas, há uma ideia base comum a todos, virtualmente a todos os cientistas, pseudo-cientistas, pessoas comuns, ambientalistas. Independentemente de qual facção tenha razão, temos que fazer muito mais para não agravar as condições ambientais. Ainda que este seja um ciclo natural, não pode nem deve ser sobrecarregado com a nossa imbecil maneira de viver. Portanto parece que de uma forma ou outra estamos todos de acordo e não basta preservar as florestas e os mangais. Pode até servir de bandeira mas é totalmente insuficiente. 

Lembremos apenas alguns dos problemas: produção de quantidades incomensuráveis de metano a partir da criação superintensiva de gados. Colateralmente o abate das floresta tem pouco a ver com madeireiros. Serve apenas para ter terreno para plantações imensas de soja para alimentar esses gados. E que dizer dos lençóis freáticos contaminados pelos supermatadouros desse mesmo gado? E que tal resolver a pesca intensiva de arrasto de fundo, ou de redes de malhas proibidas. E quanto ao cultivo intensivo de peixe? E quanto aos carros eléctricos? Alguém já explicou que no final das contas não se ganha quase nada em termos de poluição? E quanto aos milhões de aviões que habitam os nossos céus permanentemente, descarregando excesso de Co2 a cada segundo que passa? E quanto ao uso descontrolado do "streaming"? E quanto ao redimensionamento das cidades onde vivemos? E quanto aos plásticos e lixos descontrolados? E quanto à distribuição equitativa de água e energias alternativas? Por esta pequena amostra dos problemas, se percebe que o nosso estilo de vida tem de mudar radicalmente, mesmo em termos alimentares. 

E aqui surge o conceito de desenvolvimento sustentável: Crescimento sustentável, é básicamente atender e melhorar as necessidades da actual geração sem comprometer as necessidades das gerações futuras. É uma política de equilibrio, que permite não esgotar os recursos. Fácil de dizer.

Tenho ouvido muitos debates e quase todos muito pobres, parcelares com visões enviesadas e domésticas dos problemas. Ontem vi um desses programas. Prácticamente só disseram trivialidades, mas alguém lançou uma ideia genial, e é assim que o mundo pula e avança. Nenhum governo vai conseguir resolver os problemas se não tiver a população envolvida activamente, e portanto como princípio deve-se fazer um esforço nesse sentido. Mas o melhor mesmo era que os ministérios da educação por esse mundo fora, tornassem obrigatório curricularmente e no ensino médio, 100 horas anuais de trabalho comunitário. Que melhor maneira de olhar para as desigualdades sociais e todos os problemas subjacentes. E a malta nova é voluntariosa, dedicada. Na verdade eles são o nosso futuro, se lhes dermos oportunidade disso.

Porque não vamos poder esperar pelos acordos de Paris, ou pelo COP 26 ou seja lá pelo que for. 


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